O mercado internacional da soja encerrou a semana pressionado por incertezas sobre a demanda e pelo avanço da oferta global, refletindo um ambiente de cautela entre os investidores. De acordo com a TF Agroeconômica, os contratos negociados na Bolsa de Chicago fecharam o dia e a semana em baixa, diante do ritmo fraco de compras pela China e do anúncio de um novo leilão estatal no país asiático.
O contrato de soja com vencimento em janeiro recuou 1,53%, encerrando a US$ 10,76,75 por bushel, enquanto o março caiu 1,45%, para US$ 10,86,75. No complexo, o farelo de soja para janeiro teve leve alta diária de 0,13%, a US$ 302,50 por tonelada curta, mas o óleo de soja registrou queda de 1,48%, fechando a US$ 50,07 por libra-peso. No acumulado da semana, a soja perdeu 2,58%, o equivalente a 28,50 cents por bushel, o farelo recuou 1,59% e o óleo apresentou baixa mais intensa, de 3,13%.
A pressão sobre os preços está associada à perda de fôlego observada após a trégua tarifária, levando as cotações de volta aos níveis do fim de outubro. O mercado segue atento às compras chinesas, especialmente à expectativa de aquisição de até 12 milhões de toneladas ainda neste ano, volume citado por autoridades norte-americanas. Com relatórios de vendas atrasados e atualização completa prevista apenas para o início de janeiro, os operadores trabalham com números oficiais de 3,377 milhões de toneladas já negociadas ou com estimativas especulativas que apontam para 50% a 60% da meta. O cancelamento de 100 mil toneladas e o anúncio, pela estatal Sinograin, de um leilão de 500 mil toneladas para o mercado interno reforçaram o tom defensivo.
Além disso, o avanço da colheita de uma safra recorde no Brasil e a redução dos impostos de exportação de grãos na Argentina ampliam a percepção de oferta, contribuindo para a pressão baixista em Chicago.
Agrolink

